Mais uma vez o dia começa cedo
para os expedicionários. Embora o percurso previsto fosse de pouco mais de 400
km havia o interesse generalizado de cegar mais cedo ao destino para poder
mudar um pouco a rotina. Café da manhã sem maiores atrativos, abastecimento no
posto BR ao lado do hotel e o único inconveniente foi um problema na conta do
Bó que demorou um pouco a ser resolvido.
Já na Ruta 3, que contorna todo o
litoral de Comodoro Rivadavia, segue o comboio tranquilamente até que o Demir
me faz uma pergunta via rádio e enquanto respondo acabo entrando em uma direita
ates da hora. Uma rápida manobra nos coloca no caminho novamente e deixando a
cidade para tras pegamos um trecho de subida onde algumas ultrapassagens via
rádio são realizadas sem maiores problemas. Segue agora a estrada em uma planície
totalmente estéril sem nenhum atrativo com retas em cima de retas até o destino
intermediário que seria Garayalde localizada a 186 km onde faríamos o primeiro
reabastecimento. O vento muito forte
desta vez incomodava bastante fazendo com que a atenção na direção fosse muito
importante principalmente no cruzamento com outros veículos. O papo rádio ajuda
a passar o tempo e desta vez até os guanacos sumiram, dando o ar de sua graça
uma ou duas vezes apenas.
Depois de cerca de duas horas
chegamos ao “oásis” Garayalde. Por que oásis? Na verdade já tínhamos esta
impressão de paradas anteriores que são estrategicamente localizadas permitindo
um mínimo de apoio ao viajante. São postos de combustíveis, normalmente mais
não exclusivamente da YPF, que tem um pequeno hotel, uma loja de conveniências
pouco mais incrementada e comunicação com o resto do mundo. O vento forte que
atrapalhava o desenvolvimento dos carros foi comprovado na hora do
abastecimento pois de uma maneira tem
carro com autonomia de 500 km não pode deixar de abastecer.
Vamos em frente agora para cerca
de 240 km até Puerto Madryn. Temos a oportunidade de passar em Punta Tombos,
Rawson ou Trelew para uma visita mais vamos deixar para decidir mais próximos.
A estrada continua monótona e com MUITO VENTO e ativamos o momento descontração
com a realização de mais um Bingo Volante Internacional com a distribuição de
valiosos prêmios surpresa. Não é qualquer comboio que tem um bingo cantado em
duas línguas e o fato mais importante é que por cerca de 80 km tivemos uma
diversão. Para finalizar desta vez a ganhadora única foi a Angela que receberá
em Puerto Madryn o premio surpresa.
Faltando pouco mais de 80 km para
o destino a indicação de saída a direita para Punta Tombos mais o pessoal não
se entusiasmou muito e passamos direto. Embora no mapa a estrada seja de ripio
pela indicação do GPS acredito já estar asfaltada. Pouco antes de Trelew o
Gaguinho pode socorro e começamos estão a um intenso falatório na fonia para
manter todos acordados e atentos pois a monotonia da estrada estava deixando a
coisa um pouco perigosa. Decidimos então seguir em frete direto para o Puerto
Madryn agora por uma “auto pista” com duas faixas de rolamento até a saída para
cidade. Chegamos então tranquilamente e localizamos facilmente o hotel a beira
mar e o único problema foi a inexistência de estacionamento que ainda estamos
tentando resolver.
Apesar do ventos continuar bem
forte e incomodando bastante temos uma caminhada pela orla e achamos um bom
local para almoçar. A grande maioria pediu frutos do mar e não se arrependeu,
tudo a preços bem honestos (400,00 ARS para duas pessoas). A noite o programa
foi pizza em uma cantina bem agradável (180,00 ARS pizza grande/ 8 pedaços),
localizada na orla na esquina da quadra do nosso hotel (Yene Hue). O Demir
falou com o parceiro dele aqui na Argentina e conseguiu 5 vagas na “cochera” de outro hotel bem
próximo e rapidamente coloquei o carro lá.
Agora é descansar porque amanhã o
passeio vai ser na Península Valdés para observação da fauna e teremos muitos
quilômetros de estrada. Preço previsto para entrada no parque – 260 ARS.
Alguns comentários adicionais: Já completamos 10.000 km rodados; A Ruta 3 na Tierra del Fuego tem campanha para manter a rodovia limpa, sem "basura". Subindo a RUTA em direção a Buenos Aires, de Caleta Olivia em diante a rodovia é MUITO suja, com lixo espalhado por todo lado principalmente perto das cidades. Definitivamente o 1º mundo não passou por aqui.
Pela primeira vez vimos na Argentina usinas eólicas para o aproveitamento do vento. Deve dar um trabalhão ajustar os equipamentos a este regime de ventos por aqui.
Alguns comentários adicionais: Já completamos 10.000 km rodados; A Ruta 3 na Tierra del Fuego tem campanha para manter a rodovia limpa, sem "basura". Subindo a RUTA em direção a Buenos Aires, de Caleta Olivia em diante a rodovia é MUITO suja, com lixo espalhado por todo lado principalmente perto das cidades. Definitivamente o 1º mundo não passou por aqui.
Pela primeira vez vimos na Argentina usinas eólicas para o aproveitamento do vento. Deve dar um trabalhão ajustar os equipamentos a este regime de ventos por aqui.