segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

17º DIA PUNTA ARENAS - USHUAIA


Hoje começo o post pelo final. Depois de mais de 14 meses de planejamento, muita pesquisa na internet, livros e mapas consultados e muito estudo da situação finalmente chegamos ao Ushuaia. Pelo caminho nas diversas paradas sempre consultando os mapas íamos confirmando o afastamento de nossa terra natal e hoje, ao passarmos na Aduana em San Sebastian paramos em uma posto de abastecimento da ACA e lá estava o mapa pendurado na parede. Nesta hora muitos da expedição sentiram realmente o quanto estávamos longe de casa. Rodamos mais de 8000 km para chegar a Terra do Fogo e em especial ao Ushuaia que até o último momento reservava imagens espetaculares aos expedicionários. Pois chegamos e agora vamos curtir estas terras fazendo os passeios que forem passíveis. As adversidades até agora foram encaradas pelo grupo como desafios e estão todos sob controle servindo apenas para nos unir em torno do objetivo de sermos cada vez mais fortes.

Voltando ao papa normal saímos cedo de Punta Arenas pois os cerca de 640 km, travessia de balsa em Punta Delgada e e as aduanas chilenas e argentinas em San Sebastian prenunciavam um dia bem cheio. Abastecemos ainda em Punta Arenas e fomos para a estrada já sentindo que o vento marcava presença. Era um vento lateral e quando do cruzamento com outros veículos, em especial caminhões, causavam algum desconforto. No Duster do Cláudio uma buzina tocava de tempo em tempo e posteriormente ele foi descobrir que se tratava de uma alarme de ventos laterais. Não sei bem para que serve mais que tocava tocava.

Em Gobernador Phillipe seguimos pela direita, acompanhando o Estreito de Magalhães agora com o vento de certa forma alinhado com o sentido de nosso deslocamento, não causando maiores preocupações que não fosse a abertura de portas. Estrada boa e com pouco movimento propiciava um bom avanço na quilometragem. Em San Gregore um rápida parada para fotografias de umas instalações abandonadas e em especial do navio Amadeu, em ruinas na praia com ótimos ângulos para fotos. O vento muito frio não permitiu pipi stop que teve que ser adiado para o embarque em Punta Delgada.

Lá chegando ficamos na fila e fui pegar algumas informações: Pagamento na própria balsa a USD 22.00 / ARS 325 / CPL 15.000 – Aguardamos a próxima balsa e aproveitamos para o pipi stop na confiteri/café que existe próximo a rampa de atracação. E embarcamos sem problemas e já na balsa aproveitamos os banõs, lanchonete e a fila para pagamento. O vento forte e frio não animava o pessoal a ficar no lado de fora, mais de qualquer forma a travessia foi tranquila não demorando mais de 30 minutos.

Já no outro lado prosseguimos por estrada de asfalto até Cerro Sombrero onde pegamos um atalho para evitar passar pelo centro da cidade. Dai em diante a estrada esta em obras de pavimentação e alternávamos entre o rípio e o pavimento de concreto. O Sylvio avaliou mal e por não querer pegar muito rípio não quis passar pelo atalho e foi cair em outra estrada inteiramente de rípio onde acabou furando um pneu, chegando a aduana chilena quando já estavamos por sair da argentina. Fizemos um contato rádio e resolvemos espera-lo para que não prosseguisse só sem estepe.

Tramite relativamente rápido na fronteira, com muito vento e frio que só era atenuado quando estavos em locais abrigados. No posto da ACA os carros a gasolina abastecerem e alguns a diesel também, embora não existisse disponível o Euro 10 (S10 do Brasil). Novamente no asfalto descemos pela RUTA 3, bem asfaltada e com pouco movimento, inicialmente até Rio Grande. Pouco antes o Oceano Atlântico da o ar de sua graça também com muita beleza.

Em Rio Grande parada rápida no YPF agora com o Euro 10, lanche e toca para estrada pois já passavam das 15:30 e tínhamos pouco mais de 200 km para cumprir até Ushuaia. Algumas Estancias e instalações petrolíferas mostram a atividade econômica local e Rio Grande de certa forma surpreende com um forte comercio.

O fim de tarde se aproxima e estamos a pouco menos de 100 km da chegada e a paisagem muda radicalmente. Aquela estepe vazia, aparentemente sem vida, da lugar a diversas montanhas e cordilheiras com uma beleza impressionante. O Lago Fangano e o Escondido compõe um cenário espetacular inteiramente integrado a uma estrada que o que tem de bela tem de perigosa permitindo inúmeras imagens até a passagem pelo Paso Garibaldi. Estamos então agora descendo já para os lados de Ushuaia com pelas imagens das montanhas com alguma neve, sentindo uma diminuição de temperatura que iria se confirmar quando na chegada a cidade paramos no portico para fotografias. Temperatura 12º mais com o vento cortante que por certo faziam a sensação térmica ser bem mais baixa acabou cedo com a disposição do pessoal para as fotos. Vamos ao hotel. Rapidamente chegamos ao hotel Los Acebos, localizado em uma colina por tras da cidade que nos permite uma vista muito legal da cidade. Comemorações do grupo com o alcance do objetivo principal e amanhã vamos para os passeios.