quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

12º DIA EL CALAFATE

Dia livre para diversas atividades, sendo a principal para mim dormir sem hora de acordar. Fui para o café da manhã, excelente por sinal. já quase 09:00.
O pessoal se dividiu nas diversas atividades, tendo um grupo ido para o Glaciar e outro para um passeio já agendado anteriormente,
Aproveitei para dar uma geral no carro para melhorar a aparencia e também para trocar o óleo. Fiz um cambio para peso argentino já que os meus estavam acabando. Arrumar as malas e colocar roupa para lavar foi outra atividade.
Na cidade não tem o Diesel S10 que só chegará amanhã. A logistica da expedição tem que ficar atenta.
O Romulo depois de muita luta conseguiu preparar o documento que precisa mandar via correio para Esquel, onde o carro permanece aguardando o reboque para o Brasil. Ele precisava fazer um reconhecimento de firma e os cartorios estão de férias coletivas.  Deu trabalho mais ele conseguiu.
Ao final da tarde o pessoal foi chegando, muito satisfeitos com o belo visual.
Amanhã é dia de passeio ao Glaciar e espero ter muitas boas fotos para postar,

11º DIA LOS ANTIGUOS - EL CALAFATE

Noite tranquila no Los Antigos Patagônia, dasayuno more  or less e internet fraca. Eta viagenzinha poliglota. No grupo a comunicação se dá de varias formas e no final todos se entendem.
Abastecidos saímos as 08:10 para a pernada que mais me preocupava em termos de tempo e em relação ao abastecimentos dos carros, em especial os a gasolina. Eram 666 km com o trecho inicial de pouco mais de 180 km pela Ruta 41 que é muito pouco usada e que no período do inverno chega a ser fechada por causa do gelo/neve. Tinha especial atenção por ser um trecho que não consta em muitos roteiros por não ser muito conhecida e era uma aposta minha em fazer um caminho diferente, com dificuldade off road e com muitas belezas naturais. Seguimos inicialmente por uma estrada bem traçada, larga e com ótimo piso, poucas costelas e que nos dava um visual muito legal do Lago Buenos Aires e de um canion com o rio ao fundo. Tradicional foto e vamos em frente até que em uma ponte uma plana nos preocupa. INTRANSITABLE. Caramba, já andamos cerca de 40 km e vamos ter que voltar tudo? Avaliação da ponte por cima e por baixo, temos engenheiro no grupo e também trilheiros que já passaram por muita ponte de madeira. Esta era de metal com piso de madeira mais estava bem firme. Mais a frente outra placa que de binóculo lemos – Estrada fechada por gelo – Não seria o caso pois no verão não tem gelo na região. Resolvemos passar com os carros individualmente e sem passageiros e mandar ver para frente.
Aquela estrada bem traçada e larga fica para trás mais continua em ótima condição, inclusive sem as terríveis costelinhas. O visual muda mais a beleza continua até que!!!!!! Vem um carro em sentido contrário. Cumprimentos e a pergunta que não quer calar. Como esta a estrada pela frente, até Paso Roballos? Mui linda, tranquila nos diz o argentino que já foi duas vezes ao Rio de Janeiro e mora no Ushuaia. Mais aliviados curtimos mais  tranquilidade a paisagem com várias paradas para fotos. O frio chegava por estávamos subindo e também porque o vento Patagônico já mandava seu cartão de visitas. A paisagem mudou completamente pois agora a impressão era de que o comboio trafegava pela trilhas da lua pois a vegetação era inexistente e sobrava areia e pedra. A beleza ficava pelo contraste pois nos poucos lugares onde corria um filete d’água o verde aparecia e criava vida em seu entorno. Levamos cerca de 02:30 para percorrer 90 km e ainda tínhamos mais 90 até a primeira parada programada em Bajo Caracoles. A estrada melhorou e a velocidade idem. Passamos pelo Lago Guio, muito belo e cor uma cor maravilhosa. As fotos dão o registro. Vimos flamingos, lebres, ovelhas sendo criadas de forma extensiva. Passamos pelo Parque Nacional da Patagônia e muitos guanacos faziam pose para fotografia. Tatus também são avistados. Finalmente chegamos a Ruta 40 com um asfalto espetacular e mais 12 km e chegamos a Bajo Caracoles. Um oásis no deserto com uma estrutura mínima para manter a sobrevivência. Abastecimento para os veículos e uma lanchonete onde compramos um sanduiche de jamon com queso e agua saborisada de manzana. Aproveitei para comprar um adesivo da RN40 também. Na saída para El Calafate mais uma surpresa com o GPS. Ele não fez a rota direta porque esta faltando um mapa. Sem problema porque a estrada é bem sinalizada para El Calafate e é só acelerar. Pelas informações anteriores ainda previa um trecho de pouco mais de 150km de rípio dentro dos 400 km que faltavam até o destino. Previsão de chegada para as 20:00. Retas intermináveis em ótimo estado, guanacos em profusão, algumas emas também e nas proximidades de Governador Gregores o ripio recomeça. Até o Lago Cardiel pistas largas em que a velocidade de 80 km não atrasa tanto. Já nos 50 km finais a estrada esta em obra para a pavimentação e temos que ir por um desvio lateral que se não é dos piores, reduz significativamente a velocidade e ocasiona um furo no pneu do carro do Gaguinho. Por sorte o pneu foi abaixando devager e chegamos ao asfalto onde foi feita a primeira tentativa de troca. Comboio parado na estrada com um vento frio de rachar. Chapéu e Gaguinho não conseguem arriar o pneu estepe porque alguma coisa esta travada e nesta condição a opção e encher o pneu e rodar até onde der. Mais a frente temos a cidade de Tres Lagos onde alguns GPS dão a informação de ter um posto de combustível. Chegamos até lá com algumas necessidades. Trocar o pneu e abastecer os carros a gasolina que já estão com nível critico de gasolina pois o rípio cobra um certo preço em consumo.
No posto o primeiro problema é que não tem gasolina. Só diesel – Gasoil – que nem serve para os carros mais modernos. Conta para lá e pra cá e a opção é uma só. Seguir em frente até onde der e se alguém ficar sem combustível um carro diesel reboca com cinta. O Cláudio vaz uma avaliação e resolve ir um pouco a frente para colocar uma velocidade que dê uma melhor média    e vai em frente. No ‘posto’ o pneu de Gaguinho não sai mesmo sendo substituído pelo estepe do Chapéu que tem a mesma medida.
Na estrada para os últimos 180 km do dia com previsão de chegada para as 22:00. O sol ainda esta presente e é uma garantia pois fazer as coisas a luz do dia é muito melhor. Velocidade para fazer o combustível render e mais na frente encontramos o Cláudio que se reincorpora ao comboio. Computadores de bordo trabalhando a mil, todos com informações positivas garantindo a chegada sem maiores percalços. Passamos o Lago Viedma e depois chegamos ao Lago Argentino, em cujas margens se localiza a cidade de El Calafate. Faltando cerca de 50 km para achegada os alarmes de combustível acendem nos Duster. Vamos em frente e passando das 22:00, ainda com o sol incomodando a visão, pois estava quase se pondo chegamos ao hotel. Cláudia e Demir vão direto abastecer e o carro pega 51 litros. Se considerar que o manual informa a capacidade do tanque com cerca de 50 litros dá para perceber que chegaram só com vapor de combustível. A noticia boa é que pouco antes de El Calafate meu GPS recuperou a capacidade de navegar e esta tudo certo.
Hotel de primeira qualidade, todos instalados, vamos nos preparar estes dois dias por aqui.