Se ontem o dia começou com um
pequeno contratempo hoje o problema foi
bem maior. A chegar no carro o André percebeu que haviam mexido no carro e teve
roubado um GPS e algumas compras que eles haviam feito na véspera. A comunicar
o fato a gerencia a recepção foi meio indiferente e ele ficou bem aborrecido.
Para encerrar a manobra relativa ao carro do Romulo, rebocamos o mesmo para o
estacionamento onde o seguro ira resgata-lo para o transporte ao Brasil. O
atendimento pelo Sul Amarica tem sido nota 10 e ele só precisa deixar uma
procuração, que já recebeu por email, com os dados para autorização do
transporte. As providencias finais serão realizadas em El Calafate com o
reconhecimento de firma e envio pelo correio até Esquel. Quanto ao Hotel
Tenehue, tem quartos simples e um café da manhã limitado mais atende as nossas
necessidades.
Partimos então as 08:30 para o
abastecimento e saída incialmente para Futaleufu onde faríamos os tramites
fronteiriços e depois na cidade uma parada como apoio. A estrada era asfaltada
até Trevelin e depois passou a ser de rípio mais não chegou a atrapalhar o
deslocamento do comboio. Na parte Argentina o serviço foi rápido e na Aduana
Chilena também foi tranquila, embora a revista nas bagagens fosse bem rigoroso.
O problema é que mesmo com procedimentos rápidos o grupo com 32 pessoas cria um
certo tumulto e demora. Nõ tem problema porque faz parte do jogo.
Em Futeleufu uma parada rápida
acabou demorando um pouco mais pois muitos aproveitaram para fazer o cambio
para pesos chilenos. No final das contas o apoio de banos foi inexistente e
saímos já passando das 12:00 com apenas 75 km rodados, faltando ainda pouco
mais de 400 km. Tá na cara que iriamos chegar tarde. Para registro – chegamos
as 21:30 ao hotel.
Descemos a estrada para Santa
Lúcia acompanhando o Rio Futaleufu, meca para os aficionados pelo rafiting e
sua beleza era de contagiar. Agua hiper super transparente. A estrada de rípio
em boas condições não atrapalhava e o incomodo era a poeira. As paradas para fotos também
atrasavam mais o motivo era mais do que justificado. Uma parada imprevista para
a troca do pneu do carro do Cláudio. Em Coyhaique será preciso concerta-lo.
Passamos também pelo Lago Yedi que também é muito bonito e as fotos iam se
avolumando. Chegamos em Santa Lucia e não achamos lugar para um apoio pois a
cidade não tem posto de combustível. Partimos então para La Junta a cerca de
100 km a frente para uma indicação de posto Copec que o GPS do Guilherme
acusava. No meu nada de apoio. Estamos na Carretera Austral e a estrada em
obras alterna trechos de rípio com asfalto. O que não alterna é a beleza que
não tenho palavras novas para descrever. Só podemos repetir, exuberante.
Montanhas, lagos, florestas tudo temperado por uma dia especialmente bonito com
céu azul com pouquíssimas nuvens. Como o esperado muitos ciclista e principalmente mochileiros pedindo carona.
Em La Janta um Copec simples tem
um pequeno mercado que é invadido por nosso grupo de expedicionários com fome e
vontade de ir ao banheiro. Por 200 pesos o banheiro era liberado e com as
poucas opções do mercado cada um se virou do jeito que deu. Todos na pista e
continuamos avançando e por um tempo ficamos presos em um pare e siga de obras
na estrada. Em relação ao relevo era surpresa em cima de surpresa e de repente
uma enorme lagoa. Será lagoa mesmo? Não. Era o oceano pacífico e mais a frente
tinha até um fiorde para ser fotografado.
Por volta das 17:30 chegamos a
entrada do Parque Queulat para visitar o Ventisquero Colgante mais apesar de
uma informação inicial de que poderíamos entrar na prática isso não foi
possível. Fica para próxima. Pois bem faltam pouco mais de 200 km para
Coyhaique e não nos resta alternativa que não seja andar para frente. Mais a
frente uma serrinha com muitas curvas e que ainda esta em inicio de obras o que
a deixa com a largura bem reduzida, como nos velhos tempos de Carretera Autral.
A comunicação via rádio funciona bem aumentando sensivelmente a velocidade
média do comboio e também a segurança. Neste trecho duas carretas na descida
exigiram certa pericia para terem o tráfego superado e como destaque negativo teve
um micro ônibus que vinha realmente como o dono da estrada. Nas descida final
um pequeno alargamenta estrada e peço para Cristina dar uma pareda para ter um
melhor ângulo para fotos e ao parar o carro e olhar para tras que surpresa. Um
queda d’água que começa no topo gelado da montanha e chega até a formação de um
pequeno arroio. Que beleza.
Logo depois o rípio
definitivamente vai embora e o asfalto fica definitivo e só nos resta acelerar,
não muito porque por um bom tempo um carro da policia incorporou ao comboio e
por mais que déssemos chance o bicho não largava de nosso pé. Finalmente ele se
foi e mesmo depois de um tempo se aproximando novamente não nos deu trabalho. Quase chegando ao destino, depois de andar mais de 200 km no rípio o Fanara leva uma pedrada no para brisa e o estrago esta feito. Olha que foi no asfalto
Já eram 21:00 quando chegamos a cidade que de certa forma me surpreendeu pelo
seu tamanho. É bem maior do que imaginava.
Um outro aspecto observado é que na região o pessoal tem que trabalhar duo no verão para que os animais tenham alimento no inverno.
Um outro aspecto observado é que na região o pessoal tem que trabalhar duo no verão para que os animais tenham alimento no inverno.