domingo, 10 de janeiro de 2016

9º DIA ESQUEL - COYHAIQUE


Se ontem o dia começou com um pequeno contratempo  hoje o problema foi bem maior. A chegar no carro o André percebeu que haviam mexido no carro e teve roubado um GPS e algumas compras que eles haviam feito na véspera. A comunicar o fato a gerencia a recepção foi meio indiferente e ele ficou bem aborrecido. Para encerrar a manobra relativa ao carro do Romulo, rebocamos o mesmo para o estacionamento onde o seguro ira resgata-lo para o transporte ao Brasil. O atendimento pelo Sul Amarica tem sido nota 10 e ele só precisa deixar uma procuração, que já recebeu por email, com os dados para autorização do transporte. As providencias finais serão realizadas em El Calafate com o reconhecimento de firma e envio pelo correio até Esquel. Quanto ao Hotel Tenehue, tem quartos simples e um café da manhã limitado mais atende as nossas necessidades.

Partimos então as 08:30 para o abastecimento e saída incialmente para Futaleufu onde faríamos os tramites fronteiriços e depois na cidade uma parada como apoio. A estrada era asfaltada até Trevelin e depois passou a ser de rípio mais não chegou a atrapalhar o deslocamento do comboio. Na parte Argentina o serviço foi rápido e na Aduana Chilena também foi tranquila, embora a revista nas bagagens fosse bem rigoroso. O problema é que mesmo com procedimentos rápidos o grupo com 32 pessoas cria um certo tumulto e demora. Nõ tem problema porque faz parte do jogo.

Em Futeleufu uma parada rápida acabou demorando um pouco mais pois muitos aproveitaram para fazer o cambio para pesos chilenos. No final das contas o apoio de banos foi inexistente e saímos já passando das 12:00 com apenas 75 km rodados, faltando ainda pouco mais de 400 km. Tá na cara que iriamos chegar tarde. Para registro – chegamos as 21:30 ao hotel.

Descemos a estrada para Santa Lúcia acompanhando o Rio Futaleufu, meca para os aficionados pelo rafiting e sua beleza era de contagiar. Agua hiper super transparente. A estrada de rípio em boas condições não atrapalhava e o incomodo era  a poeira. As paradas para fotos também atrasavam mais o motivo era mais do que justificado. Uma parada imprevista para a troca do pneu do carro do Cláudio. Em Coyhaique será preciso concerta-lo. Passamos também pelo Lago Yedi que também é muito bonito e as fotos iam se avolumando. Chegamos em Santa Lucia e não achamos lugar para um apoio pois a cidade não tem posto de combustível. Partimos então para La Junta a cerca de 100 km a frente para uma indicação de posto Copec que o GPS do Guilherme acusava. No meu nada de apoio. Estamos na Carretera Austral e a estrada em obras alterna trechos de rípio com asfalto. O que não alterna é a beleza que não tenho palavras novas para descrever. Só podemos repetir, exuberante. Montanhas, lagos, florestas tudo temperado por uma dia especialmente bonito com céu azul com pouquíssimas nuvens. Como o esperado muitos ciclista e principalmente mochileiros pedindo carona.

Em La Janta um Copec simples tem um pequeno mercado que é invadido por nosso grupo de expedicionários com fome e vontade de ir ao banheiro. Por 200 pesos o banheiro era liberado e com as poucas opções do mercado cada um se virou do jeito que deu. Todos na pista e continuamos avançando e por um tempo ficamos presos em um pare e siga de obras na estrada. Em relação ao relevo era surpresa em cima de surpresa e de repente uma enorme lagoa. Será lagoa mesmo? Não. Era o oceano pacífico e mais a frente tinha até um fiorde para ser fotografado.

Por volta das 17:30 chegamos a entrada do Parque Queulat para visitar o Ventisquero Colgante mais apesar de uma informação inicial de que poderíamos entrar na prática isso não foi possível. Fica para próxima. Pois bem faltam pouco mais de 200 km para Coyhaique e não nos resta alternativa que não seja andar para frente. Mais a frente uma serrinha com muitas curvas e que ainda esta em inicio de obras o que a deixa com a largura bem reduzida, como nos velhos tempos de Carretera Autral. A comunicação via rádio funciona bem aumentando sensivelmente a velocidade média do comboio e também a segurança. Neste trecho duas carretas na descida exigiram certa pericia para terem o tráfego superado e como destaque negativo teve um micro ônibus que vinha realmente como o dono da estrada. Nas descida final um pequeno alargamenta estrada e peço para Cristina dar uma pareda para ter um melhor ângulo para fotos e ao parar o carro e olhar para tras que surpresa. Um queda d’água que começa no topo gelado da montanha e chega até a formação de um pequeno arroio. Que beleza.

Logo depois o rípio definitivamente vai embora e o asfalto fica definitivo e só nos resta acelerar, não muito porque por um bom tempo um carro da policia incorporou ao comboio e por mais que déssemos chance o bicho não largava de nosso pé. Finalmente ele se foi e mesmo depois de um tempo se aproximando novamente não nos deu trabalho. Quase chegando ao destino, depois de andar mais de 200 km no rípio o Fanara leva uma pedrada no para brisa e o estrago esta feito. Olha que foi no asfalto Já eram 21:00 quando chegamos a cidade que de certa forma me surpreendeu pelo seu tamanho. É bem maior do que imaginava.

Um outro aspecto observado é que na região o pessoal tem que trabalhar duo no verão para que os animais tenham alimento no inverno.


 
Resumo doa dia 499 km rodados de 08:30 as 21:30. Bem cansativo mais repletas de boas imagens e lembranças.